Aqueles que me acompanharam nos últimos dias pelo Facebook sabem de minha viagem à Alemanha de 22 de outubro a 3 de novembro. Desembarquei em Düsseldorf no dia 22 para, a partir do dia seguinte até 26, enviar, em nome de minha empresa (Verbus Comunicação) material jornalístico online sobre a Glasstec 2012, maior feira vidreira do mundo. Fui a serviço de O Vidroplano, revista mensal da Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (Abravidro).
Para chegar ao centro de exposições, tomava o metrô. Isso mesmo, metrô. Ele me deixava na “cara do gol”. A principal entrada da feira era a estação final de uma de suas linhas. Um lance de escada rolante e entrava-se na feira. Caso você tenha interesse em conhecer melhor a exposição e os vídeos e fotos que enviei de lá, acesse www.ovidroplano.org.br.
Depois que cobri a feira, minha missão profissional terminou. Por isso, emendei mais uns dias por minha conta na Alemanha. Dia 27, sábado, rumei para Berlim, de avião. Reservei e paguei o hotel no Brasil. Tinha em mãos a confirmação da reserva enviada por e-mail. Fui de taxi do aeroporto até lá, mas poderia ter ido de trem se já tivesse conhecido melhor a cidade.
No hotel (Rede Ibis), tudo certo. Meu nome estava lá e minha reserva estava OK! Dois senões: não tinha frigobar e o boxe do chuveiro era muito estreito, como na maioria dos hotéis mais populares. De resto, tudo perfeito. Me dei parabéns, pois escolhi, com o auxílio do Google, uma excelente localização, bem próximo do centro e de estações de trem (S-Bahn) e metrô (U-Bahn). Cheguei às 11 horas e mesmo assim pude ir para o quarto (o check-in, normalmente, é às 15 horas). Depois de passar para o Brasil as últimas imagens e informações do evento de Düsseldorf, fui “reconhecer” a área com auxílio dos mapas fornecido pelo hotel e do que tinha baixado em meu celular. Fazia frio, creio que uns 3 graus. Mas era gostoso caminhar por Berlim. Fui em direção ao Sony Center, a área moderna da cidade. Já tinha lido alguma coisa sobre a região e mesmo sabendo que era próximo dali que o muro passava dividindo a cidade, deixei para outro momento a visita.
No dia seguinte (domingo), fui visitar o Campo de Concentração Sachsenhausen. Contratei esse passeio no local de sua saída. Optei por guia que falasse espanhol. Foi uma surpresa saber que íamos de trem ao Campo Especial Soviético Nº 7/1 — como passou a ser
chamado o Sachsenhausen de 1945 a 1950, quando os soviéticos tomaram a Alemanha. Por isso, já tinha adquirido o bilhete de transporte “ABC” que valia para todo o dia. Saímos de Berlim às 10h30 com previsão de volta para 17 horas. Ao término do passeio, uma ocorrência de certo modo tensa para mim: resolvi voltar à recepção do campo para comprar um livro sobre o local, me atrasei e perdi o ônibus urbano que me levaria de volta com todo o grupo e o guia. Como lembrava um pouquinho do caminho até a estação de trem, creditei o fato a uma ventura e segui em frente. O problema é que eu tinha de mudar de estação no trajeto para pegar outro trem. Consegui a ajuda de uma família que, além de entender meu pobre inglês, desceu no mesmo lugar.
O problema do ônibus só fui entender na segunda-feira, quando fui ao mesmo ponto de saída dos passeios da Insider Tour. Jorge, meu guia, estava lá. E foi com ele que fiz outro passeio com duração de quatro horas, o Terceiro Reich. Nova surpresa: depois de pararmos em alguns pontos turísticos relacionados com o “Terceiro Império”, seguimos de ônibus para outros lugares. Dessa vez, era necessário o bilhete de transporte AB. Tanto no trem como no ônibus não há catraca, cobrador ou fiscal. O tíquete é comprado antecipadamente. Porém, se houver fiscalização (o que é raro), e você não tiver o bilhete, a coisa pode ficar feia para o seu lado.
Como terça-feira, dia 3 de novembro, era meu último dia em Berlim e deveria fazer o chek-out às 12 horas, optei por caminhar novamente até o Sony Center e visitar a Legoland. Depois, na Zona Leste, fui ver uma das partes do muro que ainda estão em pé. Tentei chegar de trem, mas não consegui. Parece que as pessoas não conhecem bem aquele lugar. Tive de ir de táxi. Mas valeu a pena!
É impressionante como as coisas funcionam no Primeiro Mundo. Pensava a todo instante no Brasil. Não conseguia ver como seria um grupo de turistas com um guia entrando no metrô ou trem em São Paulo para visitar os pontos turísticos da cidade.
Escrevi este post no mesmo dia em que Obama foi reeleito presidente dos Estados Unidos (6 de novembro de 2012). Por isso, tomei emprestada uma de suas frases mais conhecidas: “Sim, nós podemos!” Sim, nós brasileiros podemos fazer do Brasil um país de Primeiro Mundo. Sim, nós podemos, não é Obama?
Amorim Leite