Nas formaturas de 2004 a 2006, um vídeo estava sempre presente. Ora em sua versão original, em inglês, com legendas, ora em português, com narração de Pedro Bial.
Chamado de O filtro solar, esse filme era sucesso na Internet na época. Por isso, as comissões de formatura faziam questão de incluí-lo na programação das colações de grau como se seu conteúdo fosse a men-sagem dos formandos para seus convidados.
Até hoje tem gente que pensa que a peça é produção de Bial, já que o último Fantástico de 2003 foi encerrado com “uma palavra de esperança: um belo texto de uma cronista americana – O filtro solar”. Mary Schmich é a tal cronista americana. Em seu livrete homônimo, lançado no Brasil pela editora Sextante, a escritora explica como nasceu seu texto.
Sem inspiração para escrever sua crônica como colaboradora do Chicago Tribune, ela se pôs a caminhar pelo Central Park, na cidade estadunidense de Nova York, e vendo as pessoas tomando Sol, perguntou a si mesma se elas estavam usando filtro solar. Seus pensamentos começaram a viajar e a jornalista se viu discursando para uma turma de formandos e aconselhando-os. Sua crônica foi publicada no dia 1º de junho de 1997 e, originalmente, tinha este título: Conselhos, assim como juventude, provavelmente des-perdiçados pelos jovens.
De acordo com Mary, O filtro solar ganhou o mundo pela Internet e a ele se atribuíram muitos autores, menos ela. Veja o filme exibido no Fantástico. A versão impressa está aqui.
Amorim Leite